Geopolítica da energia é tema de palestra promovida pelo Governo e parceiros

Evento realizado na última quinta também foi uma realização da Fecomércio e patrocínio da Celse e Unigel

O Governo do Estado e a Fecomércio  promoveram na noite da última quinta-feira (07), uma palestra com o diplomata e ex-diretor da Petrobras, Roberto Ardenghy.  Com o tema “Geopolítica da Energia e seus efeitos sobre o Gás Natural e o Estado de Sergipe”, o especialista em relações exteriores explanou aos presentes sobre os efeitos que as mudanças políticas e econômicas podem ter sobre o Brasil e, principalmente, sobre Sergipe. 

Discorrendo sobre a questão da energia e gás natural como um todo, Ardenghy tratou sobre o atual momento político e econômico mundial, ressaltando como a Europa irá reagir e como o Brasil se insere neste novo cenário. Trazendo a realidade para Sergipe, o palestrante citou as perspectivas de exploração e o mercado para o gás e o Estado de Sergipe, destacando as grandes reservas encontradas no território sergipano.

“Acredito que uma das bacias sedimentares mais interessantes que existem hoje no mundo e no Brasil é a bacia Sergipe-Alagoas, onde há atividade exploratória de grandes empresas como a Petrobras, ExxonMobil e Murphy Oil, e outras empresas que estão fazendo prospecção. Então, Sergipe está muito bem posicionado neste mercado. Claro que a geologia é a geologia. É preciso pesquisar. Mas só se consegue descobrir se fizer o trabalho exploratório, e é isso que hoje está na crista da onda, aumentar a atividade exploratória brasileira, ofertar mais áreas para as empresas fazerem prospecção e, quem sabe, Sergipe será agraciado com uma grande reserva nos próximos anos”, pontuou.

Debate

Após a apresentação, representantes das entidades envolvidas no evento puderam fazer perguntas e explanar suas observações sobre a palestra. O diretor de Relações Governamentais da Unigel, Eduardo Barretto, representando o CEO da empresa, Roberto Noronha, afirmou que a noite foi uma oportunidade de todos terem uma verdadeira aula sobre Geopolítica. “Uma oportunidade única para os presentes”, frisou. 

Já o presidente da Celse, Glauco Campos, focou na questão dos clientes e consumidores. “Sergipe está em uma posição privilegiada, pois tem uma perspectiva de produção de gás muito alta, e possui dois tipos de consumidores que o Brasil precisa para dar destino a esse gás, que é a nossa planta termoelétrica, que é a maior da América Latina, e que pode ter sua capacidade aumentada duas vezes; e tem a Unigel, que é talvez o maior consumidor  de gás do Brasil. Então você tem no mesmo estado produção e consumo”, destacou. 

O presidente do Sistema Fecomércio Sesc/Senac, deputado federal Laércio Oliveira, foi um dos debatedores da noite, e ressaltou a importância do Brasil e de Sergipe no contexto da Geopolítica mundial. “Este é um momento de despertar para aquilo que precisamos produzir e empreender em nosso país e um momento de destaque para as riquezas minerais, que serão capazes de trazer, principalmente para o nosso estado, o desenvolvimento que tanto buscamos, seja no petróleo ou na cadeia de fertilizantes. Creio que esses pontos, são ferramentas que se unem e que tem despertado olhares do mundo todo e, felizmente,  Sergipe se coloca de uma forma muito positiva neste contexto”, apontou o parlamentar.

O secretário do Desenvolvimento Econômico, José Augusto Carvalho, por sua vez, falou sobre a movimentação econômica que tem ocorrido no Estado, e o trabalho que a pasta tem realizado a fim de atrair investimentos.  “A movimentação na atração de indústrias não poderia estar melhor. Primeiro por causa da aprovação da Lei de Gás em si, segundo, porque Sergipe fez uma movimentação enorme para a regulamentação estadual, tornando-se pioneiro na sua aprovação. Além disso, o anúncio dos novos investimentos robustos da Petrobras,  a exemplo do FPSO, só dão mais força para captarmos investimentos”, completou.

Artigos Técnicos SergipeTec: Hidrogênio Verde – Conceitos, Usos e Legislação no Brasil

Publicação destaca potencial brasileiro de participação estratégica no mercado mundial

Os conceitos, usos e a legislação relacionados ao Hidrogênio Verde no Brasil são o tema do novo artigo técnico do Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec). As pesquisadoras do Núcleo de Energias Renováveis e Eficiência Energética de Sergipe (NEREES), Amanda Gonçalves e Fernanda Rodrigues, assinam o texto, que traz tópicos sobre normas e competitividade de custos.

A publicação aborda, entre outros aspectos, a produção de hidrogênio verde, resultado da eletrólise da água envolvendo fontes renováveis variáveis, como as energias eólica e solar. Algumas das vantagens deste combustível são sua alta densidade energética e a versatilidade de seu uso, além da possibilidade de funcionar como vetor de armazenamento de energia e o fato de ser livre de carbono (carbon free).

O artigo está disponível no site do SergipeTec, onde também é possível encontrar os demais textos que integram a série. Os artigos técnicos se destinam a pesquisadores, agentes públicos, investidores e outros interessados em temas conectados à matriz energética brasileira e sergipana.

Confira a prévia do artigo:

A descarbonização do planeta é um dos objetivos estipulados por países de todo o mundo até 2050.

As últimas estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE), publicadas no final de 2019, vaticinam um aumento da demanda global de energia entre 25 e 30% até 2040 o que, em uma economia dependente do carvão e do petróleo, significaria mais CO2 e o agravamento das mudanças climáticas. Porém, a descarbonização do planeta nos propõe um mundo diferente até 2050: mais acessível, eficiente e sustentável e movido por energias limpas como o hidrogênio verde [1]. Nesse contexto, o hidrogênio aponta como uma prioridade na estratégia de energia e climática de diversos países, sobretudo, por viabilizar uma alternativa para setores de difíceis abatimento de emissões de carbono (hard-to-abate sectors) [2].

A seguir, conheça um pouco mais sobre esse elemento químico que promete ser o combustível do futuro. Saiba como ele é produzido, como o Brasil está inserido nesse contexto, as normas e legislações pertinentes, as possibilidades de usos nas próximas décadas e quais são as perspectivas de o hidrogênio verde se tornar competitivo.

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Artigos Técnicos SergipeTec: Por que o Ceará é líder do Hidrogênio Verde no Brasil?

Tema é debatido pelas pesquisadoras Amanda Gonçalves e Fernanda Rodrigues, apresentando referência para Sergipe

O cenário da produção e utilização de Hidrogênio Verde no Brasil é o foco de mais um artigo técnico publicado pelo Sergipe Parque Tecnológico (SergipeTec). O texto tem autoria das pesquisadoras do Núcleo de Energias Renováveis e Eficiência Energética de Sergipe (NEREES), Amanda Gonçalves e Fernanda Rodrigues, e descreve a realidade do segmento no Estado do Ceará a fim de apresentar uma referência para o panorama sergipano.

Além de traçar um histórico sobre o uso do Hidrogênio Verde no País, o texto menciona pontos fortes dessa matriz energética, questões de ordem regulatória e o início da pesquisa sobre o tema no Ceará. O Hidrogênio Verde como ponte para a descarbonização das fontes de energia no cenário futuro já foi assunto de um dos textos integrantes da série de artigos técnicos do SergipeTec, demonstrando o foco da instituição no desenvolvimento de pesquisas na área.

Intitulado “Por que o Ceará é líder do Hidrogênio Verde no Brasil?”, o artigo encontra-se disponível para acesso no site do SergipeTec. No mesmo link, é possível encontrar os demais textos que integram a série, voltados a pesquisadores, agentes públicos, investidores e demais interessados em temas relacionados à matriz energética brasileira e sergipana.

Confira a prévia do artigo:

1.       INTRODUÇÃO

Sabe-se que, a emissão dos gases do efeito estufa (GEE) é um dos fatores que geram o aquecimento global. Diante disso, a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 21/UNFCCC) realizada em Paris em dezembro de 2015, informou que somente sob os cenários de emissões de GEE muito baixas e baixas será possível evitar um aumento de pelo menos 2°C até 2100 [1]. A Europa está empenhada em uma nova estratégia de crescimento que transformará a União Europeia em uma economia moderna, eficiente em termos de recursos e competitiva, visando a neutralidade carbônica até 2050 [2].

Em 2020, após a adoção da Estratégia Industrial Europeia, a União Europeia (EU) adotou as estratégias de integração do sistema energético [3] e sobre o hidrogênio [4] com o objetivo de consolidar o caminho para um setor energético totalmente descarbonizado, mais eficiente e interligado. Conforme declarado pela [5], este é um momento crítico para o hidrogênio, que hoje desfruta de um impulso sem precedentes. O mundo não deve perder essa chance única de tornar o hidrogênio uma parte importante para um futuro energético limpo e seguro [5] [6].

No Brasil, as estratégias específicas sobre o hidrogênio foram inclusas no Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para Renováveis e Biocombustíveis, além de ter sediado e apoiado a 22ª Conferência Mundial de Energia de Hidrogênio em 2018 [7]. Já a norma ISO 14064 que detalha e orienta as organizações para a quantificação e elaboração de relatórios de emissões e remoções de GEE [8]. Outro documento que serve como base para o direcionamento do desenvolvimento de ações para a mudança climática é a Agenda 2030, constituída a partir 1 da documentação resultante da cúpula das Nações Unidas pela Resolução A/RES/70/1, de setembro de 2015 [9].

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Sebrae e Fapitec firmam parceria para apoiar mulheres empreendedoras

Ação irá garantir oferta de apoio técnico para contempladas em edital de inovação

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe (Sebrae/SE) e a Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE) assinaram nesta terça-feira, 15, um termo de cooperação técnica com o objetivo de desenvolver ações para fortalecer o empreendedorismo feminino no estado.

Pelo acordo, as mulheres contempladas no edital ‘Programa de Apoio a Mulheres Empreendedoras em Sergipe’ terão acesso à metodologia de pré-aceleração de startups desenvolvida pelo Sebrae para colocar suas ideias de negócios inovadores no mercado de forma rápida e consistente. O edital foi lançado pela Fapitec no dia 8 de março e busca incentivar o desenvolvimento de soluções tecnológicas para bens, serviços ou processos, por meio de projetos cooperativos entre as empreendedoras e cientistas.

Serão investidos R$ 342 mil provenientes do Fundo Estadual para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNTEC), e cada proposta submetida poderá solicitar recursos financeiros no valor máximo de R$ 68,4 mil, sendo R$ 30 mil em recurso de subvenção econômica e R$ 38,4 mil em bolsa de Pós-Doutorado Júnior (PDJ), quando houver. As inscrições já estão abertas e vão até 29 de abril no site da Fapitec (www.fapitec.se.gov.br).

As cinco primeiras selecionadas serão beneficiadas com o apoio técnico do Sebrae por meio da oferta de uma metodologia que busca transformar ideias inovadoras em negócios de alto impacto. Elas irão vivenciar as diversas fases de desenvolvimento de uma startup, contando com a ajuda de mentores e profissionais especializados.

“É uma parceria importante, porque vai viabilizar o apoio necessário para que essas mulheres consigam transformar suas propostas em negócios com mais chances de sobrevivência no mercado”, destaca o diretor-presidente da Fapitec, Ronaldo Guimarães.

Atividades

As atividades serão oferecidas por meio de encontros presenciais e virtuais, abordando quatro temas: Ideação e estratégia (orientações sobre que é uma startup e como ser uma pessoa de execução, orientada a dados, com foco em crescimento e capaz de conduzir um processo de entrada no mercado); Validação (momento de verificar os processos de validação e entendimento do nicho de mercado em que se está entrando); MVP + primeiros clientes (desenho de processos de entrega de valor para os clientes) e Operação e Gestão (desenvolvimento de métricas acionáveis e que realmente mostrem o real crescimento da empresa, além de introdução de técnicas ágeis de gestão).

Além disso, elas contarão com treinamento para o pitch, que consiste em uma apresentação da ideia para potenciais investidores. Também serão oferecidas mentorias individualizadas.

“Um programa de pré-aceleração para startups conta com prazos a serem respeitados, avaliadores, treinamento e várias outras etapas que ajudam os empreendedores a se preparar para o mercado. Isso dá ao projeto um caminho a seguir, prazos, metas e tarefas que dizem respeito a terceiros, além de ferramentas e recursos necessários para que esse caminho seja trilhado e as experiências sejam vividas”, explica o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado.

Informações adicionais sobre o Edital podem ser obtidos junto à Diretoria Técnica da FAPITEC/SE, através da Coordenação do Programa de Apoio à Inovação Tecnológica (PROINT), pelo telefone (79) 3259-3007 ou pelo e-mail proint@fapitec.se.gov.br.

Governo de Sergipe discute instrumentos normativos do plano tributário para o setor de gás natural

Dando continuidade às medidas que visam alavancar o segmento de óleo e gás em Sergipe, foi apresentada à equipe técnica do Governo, nesta segunda-feira (14), a versão preliminar da segunda parte do Plano Tributário para o Setor de Gás Natural. O documento reúne as propostas de atos normativos de competência do Estado, e foi debatido por diversos agentes da administração estadual.

O plano é fruto do esforço coletivo do Governo de Sergipe, da consultoria Machado Meyer, do Instituto Fecomércio e do Fórum Sergipano de Petróleo e Gás (FSP&G). O titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Carvalho, e o superintendente-executivo da pasta, Marcelo Menezes, acompanharam a apresentação. Além da Sedetec, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) integraram a equipe do Governo no grupo de trabalho.

A apresentação reuniu recomendações relacionadas a decretos e projetos de lei, com foco nas questões tributárias, no propósito de criar atratividade do Estado para atração de investimentos e oferecer segurança jurídica aos empreendedores. Na primeira etapa, foi apresentada uma análise e um diagnóstico do cenário do setor em Sergipe. O consultor do escritório Machado Meyer, Diogo Teixeira, chamou a atenção para a natureza específica das operações com o gás natural.

“É necessária uma mudança de mentalidade dos Estados, que estão habituados a um regime padrão de estoque segregado e de emissão de notas. Com o gás, no entanto, há um fluxo contínuo e fluido, em que se depende de programação logística. Este plano direciona justamente essa mudança de pensamento, tornando Sergipe atrativo em relação a outros estados para a chegada de novos empreendimentos”, pontuou Diogo Teixeira.

O secretário da Sedetec destacou a relevância do plano para Sergipe. “O plano tributário para o setor do gás atesta o esforço do Governo de Sergipe para criar um ambiente competitivo e favorável de desenvolvimento. A minuta apresentada hoje reúne informações levantadas pela consultoria Machado Meyer, após ouvir agentes do setor produtivo. Vamos lapidar esses dados e indicativos para que o plano chegue à sua melhor versão, beneficiando toda a cadeia produtiva”, afirmou José Augusto Carvalho.

De acordo com o superintendente da Sedetec, o plano tributário deverá colaborar para um novo momento do setor de óleo e gás no Estado. “Esperamos que o plano contribua para um cenário de diversidade, em que haja grande número de atores, supridores e compradores. Buscamos garantir segurança jurídica e atrair investimentos, considerando a perspectiva de disponibilidade de gás trazida por projetos como o Sergipe Águas Profundas. Com preços competitivos e modernidade regulatória, poderemos construir um bom ambiente de negócios em Sergipe”, ressaltou Marcelo Menezes.

“Desejamos pensar formas de agregar valor, fazendo com que tanto o Estado quanto as empresas que irão gozar de possíveis diferimentos e dispensas possam ter ganhos”, comentou o secretário da Fazenda, Marco Antônio Queiroz.

Governo de Sergipe discute desenvolvimento energético em evento regional

Infra Nordeste levou especialistas a Salvador para discutir setor do gás natural, entre outros temas

Participando de discussões sobre o desenvolvimento da infraestrutura urbana, social e energética do Nordeste, o Governo de Sergipe participou do evento Infra Nordeste na última sexta-feira (11). Promovido pelo GRI Club, o evento foi sediado em Salvador (BA) e contou com a presença de representantes do setor público, investidores, instituições financeiras e outros agentes para discutir perspectivas de investimento e oportunidades. O titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Carvalho, fez parte da programação. Além dele, representou também o Governo do Estado o superintendente Especial do Programa de Parcerias Público Privadas, Oliveira Júnior.

Dividido em paineis, o Infra Nordeste promoveu discussões sobre temas como saneamento, mobilidade e saúde, além de matrizes energéticas. O secretário da Sedetec foi um dos integrantes da sessão “Gás Natural: Quais as estratégias para interiorizar o suprimento e atender a demanda local?”, debatendo o potencial deste mercado na região.

“Levamos para este painel um pouco dos nossos desafios na interiorização do Gás Natural em Sergipe e as alternativas que temos encontrado. Ao nosso ver, o gás comprimido é uma das melhores alternativas para curtas distâncias, e o GNL para médias. Temos um longo trabalho a ser feito em nosso Estado. Viemos compartilhar um pouco e discutir com estados vizinhos possíveis desafios e soluções em comum”, frisou o secretário.

Também participaram do debate o secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, e o head de Relações Institucionais da Eneva, Marcos Cintra. A sessão foi mediada pelo superintendente adjunto de Petróleo e Gás Natural da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Marcelo Alfradique. Entre as pautas discutidas estiveram o avanço da exploração de petróleo e gás na bacia Sergipe-Alagoas, as estratégias de suprimento de gás para o Nordeste e a retomada das fábricas de fertilizantes na região.

José Augusto Carvalho participou também da sessão “Energia Limpa: o Nordeste desponta rumo à neutralidade climática?”, discutindo projetos de destaque no âmbito das energias renováveis. A mesa redonda contou com a participação dos especialistas Claudio Ribeiro (2W Energia), Heloísa Esteves (EPE), Julia Ambrosano (Climate Bonds Initiative), Luiz Vianna (LACTEC), Pierre Moussafir (Total Eren), Ralph Rosenberg (Perfin Investimentos), Robson Campos (Sigdo Koppers) Rodolfo Sirol (CPFL), sob moderação da advogada Marina Anselmo Schneider (Mattos Filho Advogado). “Sergipe conta com um Parque Eólico e com estudos em andamento para a instalação de novos. A energia limpa também é um tema que precisa ser constantemente lembrado”, finalizou.

Sergipe participa de lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes

Estado participou da elaboração do plano, tanto na fase de diagnóstico, como através da apresentação de estudo das questões tributárias, que impedem o crescimento da produção nacional

Integrado e atento às discussões do setor, o Governo de Sergipe marcou presença no Lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) nesta sexta-feira (11). A iniciativa representa um marco para o segmento, apresentando um diagnóstico das atividades e um amplo levantamento dos entraves e potencialidades para o crescimento da produção nacional, estabelecendo objetivos estratégicos, pretendendo diminuir a dependência brasileira de fertilizantes importados de 85% para 50% em 30 anos.

Por sua posição de destaque no cenário brasileiro, Sergipe esteve presente no processo de elaboração do PNF, participando do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) dedicado ao projeto, criado através do Decreto 10.605 de 22.01.2021. O superintendente-executivo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Marcelo Menezes, representou o Governo do Estado no processo e compareceu ao evento de lançamento.

O evento foi promovido pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Economia e Minas e Energia, além da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, contando com a participação do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. O superintendente da Sedetec ressaltou a importância do novo plano para o Brasil e para Sergipe, sobretudo no atual contexto internacional.

“O governador Belivaldo priorizou a questão dos fertilizantes durante sua administração. No início, o foco foi na retomada da produção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), que se encontrava hibernada. Nas discussões para sua viabilização, vários entraves foram observados e passamos a buscar criar condições de competitividade da produção nacional de fertilizantes. Neste trabalho foi necessário interagir com o Governo Federal, já que muitas questões não são de responsabilidade do Estado”, lembrou.

Marcelo recorda ainda que, nesse contexto, passou a somar ao Grupo Técnico Interministerial, que foi encarregado, pela Presidência da República, de desenvolver o plano que agora está sendo entregue. “Essa questão precisava ter sido enfrentada antes de chegar ao nível atual de dependência. As dificuldades de assegurar o suprimento de fertilizantes para o agro nacional e a escalada dos preços dos insumos, a partir da retomada da economia após a pandemia, em decorrência da escassez de gás natural e desarticulação das cadeias logísticas, escancarou o equívoco histórico da falta de uma política de incentivo à produção nacional de fertilizantes. As sanções à Bielorrússia e mais recentemente à Rússia, por conta da guerra com a Ucrânia, terminaram por agravar de forma dramática o cenário de suprimento de fertilizantes”, contextualizou.

“Ainda segundo o superintendente, o PNF chega em excelente momento. “Serão necessárias, entretanto, a implementação de incentivos à produção nacional, como aquelas constantes do Projeto de Lei 3507/21, de autoria do deputado Laércio Oliveira, que institui o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (PROFERT). O importante é que o Brasil despertou para a questão”, pontuou.

Sergipe

O cenário promissor para Sergipe no setor de fertilizantes está relacionado, entre outros aspectos, à sua localização geográfica estratégica. A existência de reservas expressivas de potássio, enorme disponibilidade de gás natural do projeto Sergipe Águas Profundas e as medidas estaduais de estímulo ao segmento também fazem parte desse cenário.

Durante a participação do Governo do Estado no GTI, foram apresentados aspectos estratégicos relacionados à implantação do Polo de Fertilizantes de Sergipe. Este planejamento, em desenvolvimento pela Consultoria Mastersenso, em parceria com a Sedetec e a Fecomércio, contempla estudos logísticos das áreas a serem atendidas a partir de Sergipe, estando previsto levar fertilizantes para a nova fronteira agrícola do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e trazer grãos no frete de retorno para escoar pelo Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB).

O projeto do Polo possibilitará uma maior visibilidade às oportunidades que o estado oferece para o crescimento do núcleo de misturadores, fabricantes de aditivos e biofertilizantes, além de uma nova Fafen, da retomada do projeto Carnalita e de uma unidade de beneficiamento de rochas fosfáticas.

Sedetec participa do evento Mulheres que Inspiram Negócios

Lançamento de edital da Fapitec dedicado a mulheres empreendedoras fez parte da programação

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, foi realizado nesta terça-feira (8) o evento Mulheres que Inspiram Negócios, promovido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio). O titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Carvalho, esteve presente ao evento, juntamente à equipe da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec).

Durante a ocasião, foi realizado o lançamento do edital do Programa de Apoio a Mulheres Empreendedoras em Sergipe, conduzido pelo Governo do Estado por meio da Fapitec, entidade vinculada à Sedetec. Segundo o secretário, tanto a programação da Fecomércio como o lançamento do edital estão relacionados à necessidade de reconhecimento da atuação das mulheres nos campos do empreendedorismo, ciência, tecnologia e inovação.

“Este é um momento importantíssimo. O lançamento do edital reflete o prestígio às mulheres empreendedoras do nosso estado. E nada mais justo do que o lançamento integrar um evento tão relevante quanto este, que homenageia mulheres sergipanas de grande capacidade e renome”, disse o secretário da Sedetec.

O evento, que foi realizado no Hotel Sesc Atalaia, também contou com o lançamento do livro Mulheres que Inspiram Negócios. A publicação, idealizada pela comunicadora Crys Moura, contempla as histórias de 15 empreendedoras. “São quinze mulheres que emprestam suas histórias e experiências para encorajar outras”, explicou o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira.

Edital

A coordenadora do Programa de Comunicação e Inovação Tecnológica da Fapitec, Ana Flávia Menezes, destacou o crescimento da participação das mulheres nas áreas de inovação e tecnologia. “A mulher pode ocupar o lugar que quiser. Queremos dar oportunidade a elas”, resumiu. Para a diretora técnica da Fapitec, Flávia Angélica Santos, o evento tem importância estratégica. “Acredito que não teria oportunidade melhor de lançamento do edital do que um evento que homenageia e evidencia mulheres empreendedoras”, afirmou.

O diretor-presidente da Fapitec, Ronaldo Guimarães, falou sobre as expectativas em torno da iniciativa. “A gente espera ter um resultado excelente, porque sabemos da força da mulher e acreditamos que esse edital vire um projeto contínuo para Sergipe”, salientou.

Sergipe consolida posição no setor de fertilizantes com incentivo do Governo do Estado

Atração de investimentos além de medidas regulatórias e tributárias estão no foco das ações do Governo

Focado no fortalecimento da cadeia produtiva local, o Governo de Sergipe vem desenvolvendo diversas ações de estímulo ao setor de fertilizantes. Além de fornecer condições estruturais para o estabelecimento de novas indústrias, o Estado vem criando um ambiente cada vez mais competitivo, através de medidas tributárias e regulatórias. As ações têm causado efeitos cada vez mais positivos, fazendo Sergipe despontar no cenário regional e brasileiro.

O restabelecimento das atividades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), por meio da Unigel Agro SE, em Laranjeiras, é uma das iniciativas mais significativas para o setor nos últimos anos. Hibernada desde 2019, as operações foram retomadas em 2021 com a produção anual de 650 mil toneladas de ureia e 450 mil de amônia. O quantitativo representa um grande aporte em busca da soberania nacional em relação ao suprimento de fertilizantes, já que o Brasil é dependente em mais de 85% de insumos importados.

“Vislumbramos também a oportunidade de implantar um polo de fertilizantes no estado, para uso do grande volume de gás natural que teremos. Esse volume é decorrente de projetos como o Sergipe Águas Profundas, da Petrobras, e a perfuração do poço pioneiro da ExxonMobil, ambos em curso”, afirma o governador Belivaldo Chagas. 

A administração estadual atua, também, no diálogo com o Governo Federal, com o entendimento de que o atraso no desenvolvimento do setor impõe riscos à segurança alimentar. “Os prejuízos podem alcançar a própria segurança nacional, por deixar o agronegócio nacional exposto aos riscos decorrentes de questões geopolíticas e de logísticas”, alertou o superintendente-executivo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Marcelo Menezes.

Mais uma medida do Governo do Estado foi o posicionamento contrário à continuidade do Convênio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) 100/1997, no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A ação buscou garantir a competitividade do fertilizante nacional em relação ao importado, uma vez que o formato original tributava a produção interna e isentava o produto estrangeiro.

Outro destaque entre as iniciativas do Governo de Sergipe para o desenvolvimento do setor foi a participação ativa no grupo técnico interministerial voltado à elaboração do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), atualmente em vias de lançamento. “Estivemos presentes tanto na fase de diagnóstico como  na apresentação de estudo de desoneração tributária da indústria nacional. Este trabalho serviu de referência para o Projeto de Lei 3507/2021, apresentado ao Congresso pelo deputado Laércio Oliveira, para a instituição do Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (PROFERT)”, destacou Marcelo Menezes.

De acordo com Belivaldo Chagas, as ações do Governo do Estado vem mostrando o preparo de Sergipe considerando o presente cenário internacional. “Hoje vemos com clareza o acerto da nossa estratégia, principalmente se analisarmos o momento em que vive a política mundial, onde o Brasil enfrenta sérios riscos de desabastecimento de fertilizantes para atender ao setor agro”, pontuou.

Ainda segundo o governador, Sergipe poderá desempenhar um papel relevante na busca de soluções para a situação brasileira  do maior importador de fertilizantes do mundo. “A retomada do Projeto Carnalita deverá ser um importante elemento nesse processo, contribuindo para o aumento da produção de potássio e também com o crescimento da produção de nitrogenados”, salientou Belivaldo.

IPTI prepara expansão do projeto pedagógico Synapse

Além de Santa Luzia do Itanhy, a tecnologia social será implementada em outros três municípios sergipanos

O Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI) dará início aos testes de escalabilidade do projeto socioeducacional Synapse Educação Infantil. A metodologia educacional que tem sido desenvolvida desde 2018, em Santa Luzia do Itanhy, será reaplicada nos municípios de Santa Rosa de Lima, Campo de Brito e São Miguel do Aleixo. O IPTI é parceiro do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). O Synapse conta com apoio da AmBev, por meio do Programa VOA.

Segundo o responsável pelo relacionamento institucional do IPTI, Saulo Barreto, o modelo atual do Synapse será avaliado, para que, futuramente, o projeto seja expandido para outras cidades. “Ao longo de 2022 vamos validar o modelo de escala, avaliar impacto e sistematizar o Synapse Ei ,para que esta tecnologia social esteja pronta para ganhar escala ainda maior”, explica.

Synapse

O projeto trata da construção de uma metodologia educacional que visa o desenvolvimento integral de alunos que cursam o ensino infantil, tendo como um dos principais objetivos o estímulo às habilidades não cognitivas. De 2018 até o ano passado, a construção do modelo contou com a participação da equipe de apoio pedagógico e psicológico, dos pesquisadores do projeto e pelas cuidadoras e educadoras das creches e pré-escolas de Santa Luzia do Itanhy. 

O processo de construção do projeto resultou em diversos recursos pedagógicos que também foram co-produzidos por professoras da educação infantil de Santa Luzia do Itanhy. Entre os recursos estão os MAPEI’s (materiais de apoio pedagógico), o caderno integrado de planejamento pedagógico e a rede de contato local. O Caderno Pedagógico do Synapse Ei pode ser consultado na íntegra através do link: (https://www.ipti.org.br/app/uploads/2019/08/CADERNO-integrado-1.1.pdf)

Última atualização: 2 de março de 2022 15:22.

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