Os secretários de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), José Augusto Carvalho; do Meio Ambiente, Olivier Chagas, e da Agricultura, Rosilene Rodrigues, estiveram reunidos na última terça-feira, 08, na Sedetec, com representantes de órgãos públicos e instituições, a fim de discutir o Plano de Desenvolvimento da Carcinicultura para o Estado de Sergipe, elaborado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec), com apoio da UFS E IFS. Estiveram presentes o diretor-presidente da Fapitec, Heriberto Vieira, além de representantes da UFS, Embrapa, IFS, Sebrae, Codevasf, Adema, Emdagro e da Associação Sergipana de Criadores de Camarão de Sergipe.
“A idéia foi abrir o canal de diálogo entre a academia e as instituições, a fim de criar mecanismos para baixar os custos de produção e aumentar a produtividade do setor em Sergipe”, destacou Heriberto Vieira. Para ele é de extrema importância buscar apoio dos organismos, a fim de materializar o planejamento que visa tornar Sergipe altamente sustentável e produtivo em termos da Carcinicultura. “Essa é uma atividade altamente crescente no Estado e que só tem a despontar no cenário brasileiro graças à tecnologia”, disse ao ressaltar que para isso é necessário buscar o conhecimento científico para que este chegue ao setor produtivo.
De acordo com os dados apresentados, Sergipe produz hoje cerca de 14 mil toneladas de pescado ao ano, gerando uma receita em torno de R$ 200 milhões anualmente. São seis estuários e inúmeras barragens em 163 km de costa, o que indica condições extremamente favoráveis para a aqüicultura no Estado. “Hoje vemos a carcinicultura como a atividade pecuária mais rentável do Estado e para que isso seja uma constante é preciso um entendimento entre o fomento e o meio ambiente, a fim de promover o desenvolvimento com sustentabilidade”, observou o engenheiro e professor do Departamento de Engenharia de Pesca da UFS, José Milton Barbosa.
Para o secretário José Augusto Carvalho, da mesma forma que o Estado de Sergipe tem capacidade para atrair indústrias, oferecendo condições favoráveis aos novos empreendedores, também na carcinicultura devem ser aplicadas novas técnicas que a tornem mais produtiva e rentável. “Com a colaboração da Fapitec, na qualificação da mão de obra e a experiência de todos que já trabalham na área, poderemos observar uma chance real de vencer todas as etapas e tornar a atividade mais sofisticada e viável para todos”, afirmou.