Sergipe registra superávit recorde de 97,6 milhões de dólares na balança comercial de 2023

Expansão nas exportações e queda nas importações são destaques na balança comercial do ano passado

Sergipe inicia o ano com boas notícias no mercado de exportações e importações. A balança comercial do estado registrou saldo positivo em 2023, com superávit de 97,6 milhões de dólares. Os principais produtos exportados foram os óleos brutos de petróleo, o suco de laranja e o gás natural liquefeito (GNL). De acordo com dados do Observatório de Sergipe, vinculado à Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC), esta foi a segunda vez, desde o começo da série histórica, em 1997, que o estado fechou a balança com saldo positivo. Foram 239,5 milhões de dólares em importações e 337,1 milhões de dólares em exportações.

Para o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Valmor Barbosa, o resultado positivo é fruto da política implantada pelo governador Fábio Mitidieri. “Nossa relação com o mercado de investimentos exterior vem sendo fortalecida. Sergipe está ganhando cada vez mais destaque no mundo por meio da sua matriz energética e produtos agrícolas, além da sua localização estratégica para exportações. Esse saldo positivo é revertido em investimentos para o desenvolvimento da população sergipana”, aponta.

Exportações

Ainda de acordo com o Observatório de Sergipe, a expansão das exportações (185,1%) em relação ao ano anterior foi desencadeada, principalmente, pela inclusão dos óleos brutos de petróleo na cesta de produtos vendidos pelo estado em 2023. Segundo os estudos, os óleos ocuparam 43,6% do total de exportações em 2023, gerando uma receita de 147,2 milhões de dólares. O principal destino da exportação desse produto foram os Países Baixos (Holanda), com 44,1% das saídas.

O segundo lugar nas exportações é ocupado pelo suco de laranja, congelado e não fermentado, com uma participação de quase 30% nas exportações de produtos sergipanos, gerando uma receita de 101,1 milhões de dólares. Já o GNL obteve cerca de 10% de participação, com um rendimento de 34,5 milhões de dólares no ano de 2023, com o Catar sendo o principal destino. O observatório destaca que cerca de 10% das exportações correspondem a um GNL “excedente”, ou seja, que previamente foi importado pela Termoelétrica da Barra dos Coqueiros e posteriormente retornou ao exterior.

Os municípios sergipanos de onde mais saíram os produtos exportados são: Japaratuba (47,1%), com 100% da produção de dos óleos brutos de petróleo destinados ao exterior; Estância (33,1%), inclusive com aumento de 79% (comparado a 2022) na produção de sucos e outros derivados da laranja; e Barra dos Coqueiros (13,9%), com produção de gás natural liquefeito.

Importações

O movimento de queda nas importações (- 31,6%) em relação a 2022 foi influenciado principalmente pela redução das compras dos seguintes produtos: gás natural liquefeito (-60,5%); cloreto de potássio para uso como fertilizante (- 52,2%); fios texturizados de poliésteres (- 40%); e sulfato de amônio (- 36,4%).

No campo dos produtos mais importados em Sergipe, o GNL conquistou a primeira posição, com 25,4%, tendo como o país de origem os Estados Unidos da América (EUA). O item ‘coque de petróleo não calcinado’ vem na sequência, com 12,3%, oriundo dos EUA e da Colômbia. Em terceiro lugar, ficou o ‘diidrogeno-ortofosfato de amônio, inclusive misturas com hidrogeno-ortofosfato de diamônio’, com 9%.

Os municípios sergipanos que mais importaram em 2023 foram: Barra dos Coqueiros (26,4%), com a compra de gás de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos; seguido por Rosário do Catete (14,5%), com aquisição de fertilizantes; e Laranjeiras (14,2%), com a compra de coque de petróleo, betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo.

Países Baixos e EUA

No geral, os Países Baixos foram o principal comprador dos produtos sergipanos, respondendo por 30,8% do total das exportações, tendo os óleos brutos de petróleo como principal produto exportado. Já as importações realizadas por Sergipe foram feitas, em sua maioria, por meio da compra de produtos dos Estados Unidos (36,6% do total), com o gás natural liquefeito como principal produto importado.

A análise foi apresentada no Radar do Comércio Exterior, elaborado pelo Observatório de Sergipe com dados referente ao ano de 2023. Os dados são do Comex Stat, sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro, disponibilizado pelo Ministério da Economia.

O Observatório de Sergipe é um órgão vinculado à Superintendência Especial de Planejamento, Monitoramento Estratégico e Gestão de Resultados (Superplan), da Casa Civil.

Última atualização: 30 de janeiro de 2024 16:46.

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