O aniversário de 50 anos da Universidade Federal de Sergipe foi lembrado pelos membros do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (Concit), durante reunião realizada na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), quando solicitaram uma moção em homenagem a data, celebrada no último dia 15 de maio. Para os representantes do conselho, do qual a universidade pública de Sergipe também faz parte, a UFS desempenha um brilhante papel em prol da ciência e tecnologia no Estado. Os avanços nessa área são notáveis e atualmente colocam a instituição de ensino em posição de destaque na região Nordeste.
A Fundação Universidade Federal de Sergipe foi instituída em 28 de fevereiro de 1967, pelo Decreto-Lei n. 269, e instalada em 15 de maio de 1968. Desde a sua fundação, a UFS, única universidade pública de Sergipe, tem contribuído com o desenvolvimento do Estado formando mais de 3.972 mestres e 545 doutores. O Programa Institucional de Iniciação Científica (PIBIC) e o de Iniciação Tecnológica (PIBITI) da instituição são pioneiros no Estado, sendo igualmente um dos primeiros do Brasil, e visam atender alunos dos cursos de graduação, colocando-os em contato com o mundo da pesquisa, inovação e propriedade intelectual, com grupos e linhas de pesquisa nas mais diversas áreas do conhecimento e são a base para uma maior consolidação da pós-graduação.
Nesses 50 anos, a evolução da UFS se fez constante. No ano de 2007 o Estado de Sergipe possuía apenas 12 cursos de pós-graduação stricto sensu, sendo dez desses na UFS. Atualmente a instituição possui 69 cursos de pós-graduação, sendo 45 mestrados, 16 doutorados e 8 mestrados profissionais, destacando-se no cenário nacional entre uma das universidades públicas com maior crescimento em cursos de pós-graduação nos últimos 10 anos, com um crescimento superior a 600%. Neste período o corpo docente da instituição mudou vertiginosamente de 323 doutores para 1.132, tendo atualmente cerca de 80% de seus docentes qualificados em nível de doutorado. Destaca-se ainda que a UFS concentra quase 90% dos bolsistas de produtividade em pesquisa (PQ) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que são destinadas aos pesquisadores de todas as áreas do conhecimento de maior destaque nacionalmente, devido sua produção científica e tecnológica, participação na formação de recursos humanos em nível de pós-graduação, inserção internacional e sua contribuição para as áreas do conhecimento científico.
Outro crescimento observado foi na interiorização dos cursos de pós-graduação stricto sensu, além de mestrado e doutorado, que deixaram de se concentrar apenas em São Cristóvão (Campus sede) e já se fazem presentes nos municípios de Aracaju (Campus Saúde), Lagarto, Itabaiana e Laranjeiras. “De acordo com dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do CNPq, atualmente a UFS concentra quase 90% da produção científica de todo o Estado”, destaca o pró-reitor Lucindo Quintans Júnior, fazendo referência aos artigos científicos, publicação de livros e patentes. Segundo ele, a formação de convênios e parcerias científicas com mais de 50 instituições internacionais de países da Europa, América do Norte, Japão, Austrália e países do Mercosul é outro fator de destaque que vem contribuindo para o crescimento e importância do impacto científico mundial produzido pelos grupos de pesquisadores da UFS.
Adicionalmente, em parceria com o governo do Estado, através da Sedetec e Fapitec, muitos são os projetos desenvolvidos pela UFS e que impulsionam a Ciência e Tecnologia em Sergipe, com aporte de recursos para o financiamento de bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado (que auxiliam na fixação de mão de obra qualificada), iniciação científica e iniciação tecnológica e de programas específicos que são essenciais para o desenvolvimento da área. São muitos os projetos de pesquisa, inovação, formação de recursos humanos e difusão científica, entre eles, o Programa de Pesquisa para o SUS (PPSUS), que visa promover o desenvolvimento científico e tecnológico, na área da saúde; Programa de Políticas Públicas, Programa de Desenvolvimento Regional, Programa Primeiros Projetos, Programa de pós-doutorado e Tecnova, entre outros.
Para o secretário da Sedetec, José Augusto Carvalho, enquanto presidente do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (Concit), fica evidente o papel destacado da Universidade Federal de Sergipe como instituição que nos últimos 50 anos contribuiu de forma decisiva para a consolidação do desenvolvimento econômico e social do Estado de Sergipe. “Inclusive com o forte processo de interiorização, ofertando à sociedade profissionais graduados, mestres, e doutores, validando e engrandecendo o conhecimento científico no cenário estadual, nacional e internacional, através do estabelecimento de parcerias estratégicas, como com o Governo do Estado através da ação direta da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec) – braço estratégico da Sedetec – na implementação da Política de Ciência, Tecnologia e Inovação no âmbito do Estado de Sergipe.
Integram o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (Concit) a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Secretaria da Agricultura (Seagri), Secretaria do Meio Ambiente (Semarh), Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec), Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), Universidade Tiradentes (Unit), Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (CEFET/SE), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS), Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) e Federação das Indústrias de Sergipe (FIES).