Synapse utiliza princípios da neurociência focados no ciclo da alfabetização. Projeto contou com apoio do Governo de Sergipe
No último sábado (18), o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI) encerrou mais um ciclo formativo da tecnologia social Synapse, envolvendo agentes de 10 municípios sergipanos. O evento, denominado Seminário Final Synapse 2021, contou com a presença de centenas de professores que participaram da formação ao longo do ano, além de convidados. A programação, que contou com apresentações de recursos pedagógicos e palestras, selou a capacitação dos profissionais, que se tornaram aptos a aplicar os princípios da metodologia em sala de aula.
Os materiais apresentados foram desenvolvidos durante os momentos formativos, e as palestras abordaram competências socioemocionais e a importância do trabalho em rede para impactar a educação pública. Atualmente, o Synapse se consolida como uma tecnologia social que evidencia a importância da Ciência, Tecnologia e Inovação enquanto aliadas para a obtenção de uma solução eficaz e sustentável para o ecossistema público escolar.
Com uma metodologia embasada na neurociência, associando esse conhecimento às práticas e experiências de professoras da rede municipal de Santa Luzia do Itanhy, o Synapse foi desenvolvido pelo IPTI em 2010. “Com o objetivo de melhorar a qualidade da alfabetização em escolas da rede pública, o Synapse foca no ensino e aprendizado de língua portuguesa e matemática no ciclo da alfabetização, e, a partir dos princípios neurocientíficos, reforça que respeitar como o cérebro da criança se organiza e aprende tende a tornar as práticas pedagógicas mais eficientes”, afirma o responsável de relacionamento institucional do IPTI, Saulo Barretto.
A finalidade do Synapse se consolida em quatro eixos norteadores interdependentes e simultâneos: didático, de contextualização, afetivo e lúdico/motivacional. Hoje, o Synapse está presente em 27 municípios de 4 estados brasileiros, e é uma metodologia em constante evolução e expansão. Além de Sergipe, municípios do Ceará, Maranhão e Minas Gerais também utilizam a tecnologia.
“O grande diferencial da tecnologia Synapse é que ela foi construída por e para professores de escolas públicas, com base nas dificuldades compartilhadas por esse grupo de profissionais. Essa construção participativa visa, principalmente, desenvolver autoestima e protagonismo nas professoras, ressaltando o potencial existente nos seus conhecimentos e experiências”, salienta Saulo Barretto.
A tecnologia Synapse inclui a utilização de recursos educacionais especialmente elaborados e continuamente aperfeiçoados: o Caderno Pedagógico, o Plano de Aula Synapse e o Curso de Formação Synapse. A articulação resultou na formação de uma rede de professores (www.rps.ong.br) que utilizam a tecnologia, assegurando sua autonomia e continuidade.
A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) é parceira do IPTI e entusiasta do Synapse, como destaca o titular da pasta, José Augusto Carvalho. “O Synapse sintetiza a aposta do IPTI na Ciência, na Tecnologia e na Inovação como ferramentas de transformação social. É um trabalho que demonstra a sintonia do IPTI com a Sedetec e com o Governo de Sergipe”, pontua o secretário da Sedetec.