Iniciativa do The Human Project conta com apoio do Estado, por meio da Sedetec, e busca convocar a sociedade a se mobilizar por uma educação de qualidade para todas as crianças no Brasil
As professoras da Rede Synapse, iniciativa nascida em Santa Luzia do Itanhi, através do Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (agora The Human Project – THP), estão se unindo para formar uma organização social independente e lançar a campanha ‘Abaixo-não-assinado’, que busca convocar a sociedade a se mobilizar por uma educação de qualidade para todas as crianças no Brasil. O THP e a Rede Synapse contam com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia (Sedetec).
“O Movimento Abaixo-não-Assinado quer unir a sociedade brasileira em torno deste direito básico de todas as crianças, apoiando quem está fazendo bem feito e se colocando à disposição para ajudar quem precisa de ajuda, mas também convocando a sociedade a comprar a causa da alfabetização para melhorar a qualidade da educação básica”, explica o co-fundador do The Human Project, Saulo Barreto.
Saulo destaca ainda que a iniciativa incorpora algo de inédito no Brasil, que são funcionários públicos da educação (em sua maioria mulheres, professoras) assumindo uma postura empreendedora, de transformação e de protagonismo. “Também queria reforçar que em muitos municípios do nosso Brasil real, a principal esperança de uma criança está na professora da educação básica, especialmente da educação infantil e da alfabetização”, completa.
O secretário da Sedetec, Valmor Barbosa, avalia como positiva essa campanha que terá a possibilidade de mobilizar os cidadãos para uma educação de qualidade. “A Sedetec apoia movimentos como este que priorizam a educação no Brasil porque é a partir do estudo que as crianças adquirem conhecimento e habilidades essenciais que as ajudarão a enfrentar os desafios da vida adulta”, destaca.
Metodologia Synapse e Rede Synapse
O Synapse foi desenvolvido inicialmente no município sergipano de Santa Luzia do Itanhi, e envolveu quatro professoras, neurocientistas e a equipe do THP, durante um período de 2010 a 2015. O resultado foi a criação de uma metodologia centrada nos profissionais da educação. “A metodologia é estruturada na contextualização e no planejamento por objetivo de aprendizagem e num modelo de escala onde cada profissional assume a reaplicação do Synapse em diferentes cidades, seguindo um modelo de crescimento em progressão geométrica, que tem por objetivo assegurar eficácia do Synapse e o aperfeiçoamento participativo”, frisa Saulo Barreto.
Concebida em 2019, a Rede de Professores Synapse, também conhecida como Rede Synapse, é uma iniciativa empreendedora de professoras de escolas públicas de pequenos municípios brasileiros que busca promover uma educação e alfabetização de qualidade para as crianças do país. Atualmente presente em seis estados, 38 municípios e beneficiando 1.500 professores e 30.000 alunos, a Rede Synapse planeja ajudar outros municípios, com recursos já assegurados para atingir oito estados, 58 municípios, 2.500 professores e 50.000 alunos, até 2024.
Por outro lado, o desenvolvimento do Synapse revelou a necessidade de construção de uma metodologia voltada para o ensino infantil. Por isso, em 2018, tem início o projeto Synapse Educação Infantil, que a partir de 2022 começou a ganhar escala, seguindo o mesmo modelo do Synapse, e hoje está presente em seis municípios sergipanos. “Ambas iniciativas são lideradas por professoras e buscam melhorar a educação no país”, destaca o pesquisador.
Mais informações sobre a iniciativa estão disponíveis no site https://redesynapse.org.br/