Sedetec participa de audiência pública na Alese sobre zoneamento industrial e desenvolvimento econômico

Apresentação da secretaria atendeu a pedido do deputado estadual Adailton Martins e expôs áreas potenciais para a atração de indústrias

Está em andamento o projeto de zoneamento do Complexo Industrial Portuário de Sergipe. A ação busca definir as áreas mais atrativas em cada um dos dez municípios que integram o Complexo, a fim de oferecer condições para a instalação e ampliação de indústrias. Nesta segunda-feira, 27, a iniciativa foi pauta de apresentação do Governo de Sergipe, via Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), em audiência pública na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese).

Criado pela Lei Estadual N° 8569/2019, o Complexo Industrial Portuário engloba os municípios mais próximos ao Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB): Barra dos Coqueiros, Maruim, Santo Amaro das Brotas, Laranjeiras, Rosário do Catete, Capela, Carmópolis, Japaratuba, General Maynard e Pirambu. O espaço abrange mais de 175 mil habitantes e gera cerca de 20 mil empregos formais. O zoneamento busca estabelecer locais de interesse para a implantação de distritos e núcleos industriais nesses territórios municipais. Para tanto, leva em conta a proximidade de outros canais de escoamento, como rodovias nacionais e estaduais, além de insumos.

A estruturação do Complexo Industrial Portuário, incluindo seu zoneamento, tem como finalidade maior o desenvolvimento econômico e a criação de emprego e renda para os sergipanos. Isto é o que afirma o secretário do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Valmor Barbosa, que destacou as potencialidades energéticas e industriais de Sergipe durante a apresentação às lideranças.

“Em 2021, quatro municípios integravam o Complexo. O número subiu para dez, porque entendemos que cada município, com sua vocação, tem muito a contribuir nessa poligonal. A Barra dos Coqueiros, por exemplo, sedia a maior termelétrica privada do país e abriga nosso porto. Temos oportunidades no setor de petróleo e gás, com o programa Sergipe Águas Profundas (Seap), entre outras matrizes energéticas. Com isso, novas empresas vêm procurando o estado para aumentar seu parque fabril, buscando a segurança jurídica e a modernidade regulatória que o estado vem proporcionando”, colocou.

O zoneamento parte de um estudo geográfico com sobrevoo. O consultor Celso Hiroshi Hayashi, responsável pela pesquisa, salientou o potencial sergipano em minérios. “Sergipe é rico em recursos como calcário, argila, sais e, claro, petróleo e gás. Com isso, buscamos achar locais adequados à implantação de distritos industriais, considerando pleitos como a proximidade de dutos e a contiguidade entre as áreas em cada município”, disse.

Além do secretário Valmor Barbosa, estiveram presentes na audiência o secretário-executivo da Sedetec, Marcelo Menezes; o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Sergipe (Codise), Ronaldo Guimarães; o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), Alex Garcez; e o diretor de Planejamento da Sedetec, Maurício Nascimento.

Áreas industriais e PSDI

Ao todo, Sergipe mantém oito Distritos Industriais: dois na capital e os demais nos municípios de Estância, Propriá, Boquim, Itabaiana, Simão Dias e Tobias Barreto. Há, ainda, 16 núcleos industriais, que se espalham por diversas cidades sergipanas. Esses espaços abrigam indústrias que recebem incentivos locacionais do Governo do Estado, concedidos por meio do Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI).

Além de incentivos locacionais, o PSDI oferece apoio fiscal e estrutural. O programa é conduzido pela Codise e incentiva 430 empresas sergipanas.

Última atualização: 4 de junho de 2024 08:45.

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