Projeto pioneiro conta com o investimento de US$ 120 milhões na fase inicial e começo de produção prevista para o final de 2023
Nesta terça-feira (26), a companhia petroquímica Unigel realizou o evento de lançamento da Pedra Fundamental da primeira fábrica de hidrogênio e amônia verde do Brasil, em Camaçari (BA). A solenidade contou a presença de empresários de todo o país e representantes políticos dos governos estadual e federal. O Governo de Sergipe compareceu ao evento com a presença do superintendente executivo da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Marcelo Menezes. O empresário Frank Menezes, do grupo Maratá, também compareceu ao lançamento.
De acordo com a empresa, a siderurgia, o refino de petróleo e combustível para veículos são algumas das possíveis aplicações do hidrogênio verde como matéria-prima, assim como o uso da amônia por porta-contêineres e navios graneleiros.
Para Marcelo Menezes, o evento representa um marco importante para o setor de energia no Brasil. “A Unigel tem sido uma parceira do Estado de Sergipe com a retomada da Fafen de Laranjeiras e o anúncio dos investimentos na unidade de sulfato de amônio. Temos mantido um diálogo construtivo com a empresa, sempre buscando viabilizar novos projetos para serem desenvolvidos em Sergipe e, dessa forma, não poderíamos deixar de vir participar desse momento”, informou.
Fases
O projeto de hidrogênio e amônia verde da Unigel conta com o investimento inicial de US$ 120 milhões – uma média de R$ 600 milhões – e projeta em sua primeira fase, a produção de 10 mil toneladas de hidrogênio por ano, fazendo a utilização de energia renovável, e a conversão de 60 mil toneladas de amônia.
A fase inicial conta ainda com a instalação de três eletrizadores (20 MW) fornecidos pela Thyssenkrupp Nucera, que serão responsáveis pela separação do hidrogênio na molécula da água. A Unigel utiliza a tecnologia e o sistema industrial da empresa alemã e todo processo acontecerá por meio energia de fonte renovável (eólica).
Também está prevista a produção de 240 mil toneladas de amônia verde e 40 mil toneladas de hidrogênio verde para a segunda fase do projeto, com início em 2025. Para este segundo momento é desenhada a utilização 240 MW de energia renovável.
Matéria divulgada em 26 de julho