Mercado em Sergipe será tema do 3º Circuito Brasil de Óleo e Gás

Promovido pela ONIP, o evento que acontecerá de forma online irá abordar o mercado no estado

Na próxima quarta-feira, 20, às 16h, acontecerá a 3ª edição do Circuito Brasil de Óleo e Gás. O evento online, promovido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), em parceria com Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás Natural (ABPIP), tem como objetivo integrar os diferentes atores desse mercado em torno de pautas fundamentais para o país e também para os Estados. O evento aconteceria no mês de abril, de forma presencial em Sergipe, mas foi adiado por conta da pandemia do novo coronavírus.

O debate online dedicado a Sergipe, contará com a apresentação do cenário regional, destacando os principais dados, análises e perspectivas para a região. O circuito contará com a participação do vice-presidente executivo da ONIP e secretário executivo do Fórum Sergipano de Petróleo e Gás, Márcio Felix; da diretora Geral da ONIP, Karine Fragoso; da diretora de Gás Natural do MME, Symone Araújo; e do Superintendente executivo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia de Sergipe (Sedetec), Marcelo Menezes. Participam também o Secretário Executivo da ABPIP, Anabal Santos Jr; o consultor da Proquigel, José Eduardo Barreto; o presidente da Celse, Pedro Litsek e a representante da PENSE, Ana Mendonça.

A transmissão acontecerá de forma gratuita e para acessar, basta pesquisar no Youtube, o canal da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), onde estará o vídeo “Circuito Brasil de Óleo e Gás – Sergipe”.

Mercado do Gás em Sergipe

O Governo do Estado através da Sedetec tem realizado uma série de ações coordenadas, com foco no desenvolvimento econômico do estado. Nos últimos anos, Sergipe tem sido um dos protagonistas nas projeções nacionais, principalmente quando o assunto envolve o gás natural e suas perspectivas.

Os órgãos competentes do estado modernizaram a regulação do insumo e fizeram com que Sergipe fosse pioneiro na adequação do ‘Novo Mercado de Gás’, do Governo Federal. O Regulamento dos Serviços Locais de Gás Canalizado do Estado de Sergipe, as reduções de ICMS do Gás para empresas beneficiadas pelo Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI), são exemplos disso.

Retomada da Fafen Sergipe é destaque no Valor Econômico

Retomada deve ocorrer até fim deste ano e produção deve chegar a um milhão de toneladas

O retorno das operações da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) em Sergipe foi destaque da edição desta terça-feira (12) do jornal Valor Econômico. Segundo a publicação, a retomada deve ocorrer até o fim deste ano sob condução da Proquigel. O grupo Unigel, que centraliza a Proquigel e é responsável pelo arrendamento da unidade, é considerado o maior produtor de acrílicos e estirênicos da América Latina.

Além da Fafen de Sergipe, também deve fazer parte da retomada a Fafen da Bahia. Ambas foram arrendadas em contrato firmado em novembro de 2019 entre a Proquigel e a Petrobras. O acordo poderá ser renovado por outros dez anos. A expectativa é de que, junto com a fábrica baiana, a Fafen de Sergipe chegue a produzir pouco mais de um milhão de toneladas de ureia por ano.

De acordo com o Valor Econômico, a motivação para o retorno das atividades é a aposta na rentabilidade das operações e no potencial de mercado, que hoje depende de um volume anual de importações que chega ao patamar de cinco milhões de toneladas. Outra aposta é a de que haja uma mudança estrutural no mercado de gás natural no Brasil, inclusive com excedente de produção.

“Queremos reativar as unidades o mais rápido possível”, afirmou o presidente da Unigel, Roberto Noronha, em entrevista ao Valor Econômico, acrescentando que a reativação das fábricas de fertilizantes tem status prioritário para a empresa. Atualmente, a arrendatária está mapeando os investimentos necessários para a retomada e discutindo o cumprimento das pré-condições acertadas com a Petrobras, ao passo em que negocia com os fornecedores o acesso ao gás natural que será usado como matéria-prima.

Governo

O Governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia (Sedetec), tem apoiado fortemente o processo em Sergipe, participando dos entendimentos junto à Petrobras, Deso, Sergas, Adema, TAG, Celse e a Golar Power, buscando alternativas de suprimento de gás natural a preço competitivo e adequações de custo de produção que viabilizem a retomada da unidade o mais breve possível.

“A perspectiva de retomada da Fafen deve trazer um grande aporte de investimentos para nosso Estado, atraindo empresas, incrementando a competitividade e fortalecendo a cadeia produtiva de fertilizantes de Sergipe. Teremos geração de empregos diretos e indiretos num momento de retomada da economia, após o período da pandemia. A principal atividade econômica do país está vinculada ao agronegócio e os fertilizantes são insumos essenciais para garantir a produtividade do setor. A retomada da Fafen possibilitará a Sergipe assumir posição de destaque nesta cadeia”, pontua o secretário da Sedetec, José Augusto Carvalho.

Termelétrica de Sergipe já tem autorização da ANEEL para operação comercial na geração de energia

Projeto da Celse é o primeiro que integra uso de GNL para gerar energia no Brasil 

A Usina Termelétrica Porto de Sergipe I recebeu a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para entrada de operação comercial das quatro unidades geradoras de energia da usina. A termelétrica das Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), empresa formada pela EBRASIL e pela Golar Power, é a maior da América Latina em seu segmento e vai gerar e comercializar energia elétrica a partir de unidades geradoras de energia a gás e a vapor.

O Projeto da Celse é o primeiro que integra uso de GNL para energia no Brasil. A iniciativa inclui um terminal de regaseificação de GNL e uma unidade flutuante de armazenamento (FSRU) com 170 mil m³ de capacidade de armazenamento e de regaseificar até 21 milhões de m³ por dia de gás natural.

A decisão da ANEEL envolve três unidades geradoras de 332,724 MW de capacidade, cada uma, e outra com capacidade de 517,470 MW, mas que foi liberada para atuar com potência limitada a 445,022 MW. A usina, movida a gás natural, passa a ser a maior térmica em operação no país, somando 1515, 63 MW de potência outorgada. A autorização começou a valer no dia 21 de março.

De acordo com a Golar Power, o projeto revoluciona a maneira como a energia é entregue a milhões de pessoas no Brasil, permitindo que o país atenda a sua crescente exigência de capacidade de carga básica, usando uma usina de grande escala alimentada por GNL, um combustível mais limpo e confiável. Ainda segundo a empresa, o empreendimento facilitará a transição do Brasil para fontes de geração de energia de baixo carbono, além de promover o uso de GNL para equilibrar e diversificar o suprimento de energia.

Sobre a usina

A UTE Porto de Sergipe é considerada uma térmica bastante inovadora e 100% flexível para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), afinal, o Brasil tem um sistema energético interligado. O Nordeste possui  35 térmicas (a gás, diesel, etc), porém a UTE Porto de Sergipe é uma das mais modernas e baratas para o sistema entre as similares, com cerca de 63% de eficiência. 

Com investimento de R$ 6 bilhões, a usina de Sergipe poderá suprir 15% da demanda de energia do Nordeste. A receita anual, menos os custos operacionais previstos, são estimados em R$ 1,1 bilhão. As receitas previstas ao longo da vida do projeto, sem ajuste inflacionário, deverão totalizar R$ 27,5 bilhões. 

O início das operações da usina também desencadeou o início dos pagamentos de fretamento de barcos para o Terminal de Regaseificação. São esperadas receitas anuais, menos os custos operacionais previstos, de US$ 43,9 milhões.

O início da operação do terminal de GNL, segundo o engenheiro Marcelo Menezes, assessor técnico da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia (Sedetec), é fundamental para a evolução do trabalho que o Estado vem fazendo junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), CELSE, Golar e TAG. “Estamos buscando a implantação de um gasoduto de transporte interligando o terminal de GNL ao gasoduto da TAG (Catu Pilar), de forma a possibilitar a injeção de gás no sistema de transporte do Nordeste, o que trará segurança para o sistema e potencializará arrecadação para o Estado de Sergipe”, completa.

IPTI desenvolve metodologia de avaliação em parceria com universidade americana

Pesquisadores da Universidade de Rice, no Texas, e das Universidades Federais de Sergipe (UFS) e do Ceará (UFC) estão envolvidos no projeto

O Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI) vem avançando no desenvolvimento e acompanhamento de tecnologias sociais que buscam melhorar o ensino e aprendizado nas escolas públicas do Baixo São Francisco. A mais recente medida do Instituto é a construção de uma metodologia de avaliação de impacto da ferramenta Synapse, voltada aos alunos e professores das séries iniciais do ensino fundamental, em especial na alfabetização.

Na última sexta (13) e no sábado (14), o grupo de trabalho reuniu-se pela primeira vez para iniciar o planejamento de construção da metodologia. A reunião contou com a participação de professoras da Rede Synapse, do professor Guilherme Diniz, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e do professor Flávio Cunha, da Universidade de Rice, nos Estados Unidos. A proposta é que a metodologia seja construída de forma participativa, com a opinião dos professores das escolas sobre seu desenvolvimento e aplicação. Também integram a parceria pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O apoio financeiro é oferecido pela Secretaria de Tecnologias Aplicadas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC). O IPTI conta ainda com o suporte do Governo do Estado, através da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec).

Eixos

“Estamos animados e confiantes de que, ano após ano, vamos construir uma metodologia de avaliação do Synapse que ajudará a consolidar a reputação desta tecnologia social e dos professores e professoras que a utilizam corretamente, para que a Rede Synapse ganhe mais e mais apoiadores e possa se expandir com eficácia e sustentabilidade”, afirma o co-fundador do IPTI, Saulo Barretto.

A avaliação do Synapse será organizada de acordo com quatro eixos principais, sendo o primeiro deles o grau de fidelidade do uso da metodologia pelo professor e pelo reaplicador. Serão considerados também o tempo de hora útil das aulas, o impacto na aprendizagem dos alunos e o retorno econômico. O Synapse tem o propósito de oferecer um material de trabalho focado na realidade local dos alunos e professores, sinalizando possíveis distorções e facilitando o planejamento.

Última atualização: 15 de maio de 2020 13:35.

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